22/01/2011

CRIMES EXEMPLARES (2)

SEGUNDO ACTO

"Estava a ler o segundo acto. A cena entre Emília e Fernando é a melhor, todos os que conhecem a minha peça estão de acordo quanto a isso. O idiota caía de sono! Literalmente. Profundamente. E cabeceava como o badalo de um sino. Depois começou a abrir os olhos e a fingir que a história o interessava imenso. E logo recomeçou a dormitar até adormecer, por fim, como um calhau. Para o ajudar a acordar, dei-lhe uma valentíssima porrada na cabeça -- conta-se que era deste modo que Hércules matava os bois. E de repente brotou essa força desconhecida. Fiquei estupefacto."

Sem comentários: